Missionário: Jônatas Abdias

 

 

26 de Outubro de 2010

Por: Missionário Jônatas Abdias

                                     Humildade                                             


Eu pensei que para se escrever sobre humildade, o escritor precisaria ser humilde. Acredito que assim pensaram muitos antes de mim, e por isso tão pouco sobre o tema saiu editado em livros. C.J. Mahaney mudou minha maneira de pensar em seu livro sobre humildade.
No evangelho do Senhor Jesus, segundo registrou Marcos, no capítulo 9, lemos sobre a discussão orgulhosa entre os discípulos acerca do maior e o menor no reino de Deus. Jesus faz uma constrangedora pergunta sobre o que conversavam. O silêncio encheu a estrada por onde vinham...

Tomados por uma pecaminosa coragem, João e Tiago, mais à frente resolvem tirar à limpo a questão e sugerem que, ao chegar em Jerusalém, e estabelecer seu trono e reino, que o Senhor Jesus escolhessem a eles dois para assentarem-se em lugar de honra. Um à esquerda e outro à direita (Mc 10).

A sugestiva e acurada análise que Mahaney faz é que "os desejo orgulhosos do coração deles estão expostos. Nada há de sutil no pedido deles. Não estão pedindo o privilégio de apoiar Jesus durante o sofrimentos pelo qual Ele passaria. Não pedem fé para suportar tal sofrimento. Eles querem ser famosos e nada mais. Tiago e João definiram grandeza como poder e posição, e desejam o título. Querem o respeito, a aclamação e a importância. Naqueles corações dominados pelo orgulho, Jesus é apenas uma forma de conquistar seu objetivo de exaltação pessoal."

Na minha perspectiva "eles esqueceram dos detalhes, para os quais o orgulho tende a cegar. Preocupados em garantir a preeminência em relação aos demais discípulos, pediram os dois lugares mais honrados, mas esqueceram que mais cedo ou mais tarde, estariam novamente em disputa, quanto a quem iria sentar-se à direita e à esquerda".

O orgulho é tolice e torna o orgulhoso um tolo também. Não vê e não entende. Tiago e João queriam destacar-se dentre os discípulos; mas logo estariam desejando destaque um em relação ao outro!
Somos todos assim: medimos nossa grandeza em relação ao vizinho. Pense neste exemplo que rev. Wadislau Gomes gosta de usar: Se você ganhar um prêmio em dinheiro e se tornasse o mais novo milionário da família, com um gorda conta de 2 milhões de reais, e permanecesse em seu bairro, em relação aos demais você seria o mais rico! Mas você resolve se mudar para um bairro mais nobre, e percebe que não é tão rico assim, mas tanto quanto os demais. Perde-se um pouco o brilho da riqueza. Mas é então que para a casa ao lado muda-se, inesperadamente, Bill Gates, cuja fortuna fazem parecer seus 2 milhões uma gorjeta de manobrista. Quem é o rico agora?

A tolice do orgulho está em manter a comparação no nível mais baixo e humano possível, comparando-nos aos que nos cercam. À medida que nos distanciamos dos níveis mais baixos, o orgulho nos força a considerar o elemento mais próximo para que uma nova etapa de superação orgulhosa se inicie... a altivez é insaciável! Tiago e João esqueceram disso, e antes que um olhasse para o outro, Jesus chamou a atenção deles para si. Fê-los ver que Jerusalém era o lugar de seu martírio e, se alguém desejasse ser realmente grande no reino de Deus, deveria seguir seus passos, que caminharam trôpegos até o Gólgota, carregando a cruz.

Nos medimos uns com os outros e pesamos nossa humildade em relação a eles. Que tolice! Comparados ao Senhor da Glória... Quem é o Senhor da Glória? O Senhor dos Exércitos, Ele é o Senhor da glória, e comparados à humildade que demonstrou, desde o nascimento, passando por sua vida e por fim morte vicária, levando em conta, por exemplo, a cena do "lava-pés", quem somos nós e onde foi parar nossa humildade?

Se alguém ousar, em sua própria arrogância, acusar-me de orgulhoso... chegou tarde! Antes de todos, as Escrituras já o disseram. Contudo, sem o desejo de ver-me humilhado tão somente, com graça redentora abaixou meu olhar altivo para que eu pudesse ver a cruz... Olhada de baixo ela é ainda mais bela!

Aprendamos todos que a verdadeira humildade começa com a consciência de nossa própria arrogância e orgulho, e desejemos ser como Jesus, que não julgou como usurpação o ser igual a Deus, antes a si mesmo se esvaziou...

Fonte: http://pensamentocativo.blogspot.com/


 

 

24 de Setembro de 2010

Por: Missionário Jônatas Abdias


Vejam Só!!!

Esta tarde fui surpreendido com um convite para participar do programa da RIT chamado "Vejam só!"

Visto como uma oportunidade de divulgar a verdade da Palavra de Deus, aceitei o convite.
Mas televisão é isso, não: muitos assuntos, pouco tempo. Embora tudo tenha corrido em bom clima e o debate tenha sido sadio, gostaria de compartilhar um pouco do que aprendi sobre o precioso texto debatido.
O convite era para responder a uma pergunta: "já estamos vivendo a era de Apocalipse 6.8?" Aqui não pretendo me ater ao tema e responder a pergunta. Isso foi feito no programa. Mas compartilhar o texto apocalíptico que muito enche de esperança nosso coração crente. Espero que a minúcias do texto sirvam para elucidá-lo. Rogo a Deus que a quantidade de detalhes exegéticos e provas textuais não tolde a glória da revelação bíblica.
Antes de entrar propriamente no texto, é bom lembrar que a Escritura sagrada não nos foi dada para saciar nossa curiosidade. Antes é a revelação graciosa de um Deus bondoso que quis se fazer conhecido ao seu povo. Nela, Ele revela Seus planos e propósitos para que nossa fé encontre fundamento e nossa esperança encontra sustentação.
Assim é o livro de Apocalipse, um livro de esperança e consolo em meio à provação!

João, o escritor do livro, com seu estilho peculiar, endereça sua obra a uma igreja perseguida e sofrida pela dor e provação. Nesta época de grande perseguição civil e religiosa, que causava grande dor aos cristãos, João oferece um livro cujo propósito é confortar a Igreja militante nas lutas contra as forças do mal. O tema é a vitória de Cristo e de sua Igreja sobre o dragão (Satanás – a antiga serpente) e seus seguidores. Este tema é de grande consolo para o crente, porque é aqui que ele aprende que em Cristo ele é mais que vencedor (Ap 8.37).
Uma interpretação sadia do livro deve ter seu ponto de partida na posição de que o livro foi escrito à primeira vista para os contemporâneos de João. Isto equivale a dizer que o livro é a resposta de Deus às orações e lágrimas dos cristãos severamente perseguidos e espalhados pelas cidades da Ásia Menor.
Quase nada das linhas que você lê não pode ser encontrado em bons comentário e Bíblias de estudo. Não os citaremos aqui por uma questão de espaço, mas sabemos se sua existência e importância, de quem somos devedores de muitas ideias. Continuando...
As visões dos selos estão na segunda seção divisória natural do livro. Ele é divido em grandes seções somando um total de sete.
À partir do capítulo 4, João é convidado para, diante da visão do trono, observar de cima os acontecimentos que lhe serão revelados. O ângulo pelo qual João está observando os fatos não é inicialmente o melhor . É o ângulo humano, que observa segundo seus próprios parâmetros. João é convidado a observar os acontecimentos do ângulo do Trono. Lá ele encontra uma riqueza de figuras que apontam para a majestade do Trono que governa tudo e todos. A partir daí os capítulos descrevem o universo todo da perspectiva do céu. O propósito dessa visão é nos mostrar, com maravilhoso simbolismo, que todas as coisas são governadas pelo Senhor em seu trono. As “todas as coisas” devem incluir nossos necessariamente provações e tribulações. Esse é o ponto! A segurança proveniente desta verdade deve dar conforto ao crente em meio a ferozes provações. É por isso que a visão do universo governado pelo Trono precede a descrição simbólica das provações pelas quais a Igreja deve passar, descritas no capítulo 6 a partir do segundo selo. Observe que bela organização João nos oferece!

A abertura dos selos:

Falando especificamente de Apocalipse 6.8, essas calamidades caracterizam um período indefinido anterior à segunda vinda. Até aqui não há novidade, pois em seu ministério Jesus já havia dito, conforme registra Marcos 13.6-8, que seria assim. A mensagem de João ao descrevê-los é alertar as sete igreja quando ao depositar sua confiança na paz e prosperidades supostamente alcançadas pelos governos terrenos. Antes, tal confiança alcança plena habitação em Deus e em Suas promessas de um novo mundo. No contexto, João chora copiosamente em angústia e ansiedade diante do fato de não haver quem possa abrir os selos e dar prosseguimento à execução dos planos do Altíssimo. As lágrimas de João são estrategicamente mencionadas aqui porque a esperança e alegrias renascentes que a aparição do “Cordeiro como tendo sido morto” causa é o próprio efeito final que a consumação do século e o dia de glória tratá (Ap 5.4-6; Cf Ap 7.17); contudo, a mensagem de esperança é que este benefício pode ser experimentado antes do dia final e durante a manifestação dos efeitos da abertura dos selos (tribulações, guerras, fomes e morte). O Cordeiro tinha o poder e a plenitude do Espírito necessários para abrir os selos, e ele o faz com toda a autoridade que lhe é dada. Os selos são julgamentos que representam a mão punitiva de Deus sobre um mundo rebelde.

Sua cor, amarelo esverdeado, indicativo da palidez e feiúra da morte, se deve justamente à sua missão e ao seu cavaleiro. O cavaleiro, a Morte, trará grandes males. Sua autoridade para fazer este estrago é, primeiramente uma concessão. Não se pode fazer qualquer coisa a qualquer um, mas simplesmente matar somente a quarta parte da terra, ou seja, ela tem função específica com limites bem delineados! Estranhamente a palavra que lemos aqui não é assassinar, mas matar. diferente do verso 4, que a palavra é assassinar. Outra coisa importante de notar é a arma da morte. Ela é diferente da arma do cavaleiro vermelho. Sua espada é maior e pesada, diferente da leve e cirúrgica espada romana, que todo cristão perseguido conhecia bem. Esta última espada, chamada de Machaira é a que João escreve no verso 4, e a outra espada, a Romphaia, é a arma deste lúgubre cavaleiro.

Também neste selo, além da espada (guerra), a fome, a peste (mortandade) e bestas-feras são mencionadas como seus instrumentos de assassínio. João revela que as vicissitudes e tristezas típicas da vida, num mundo caído, a que todos os habitantes da terra estão sujeitos, também alcançarão os crentes. Embora eles sejam duramente perseguidos, não haverá alívio das contingências daqueles que habitam este mundo rebelde contra Deus.

Entretanto, a vida de paz lhes sobrevém sabendo que, primeiro, quem abre este selo e controla as ações da morte é ninguém menos que o Cordeiro. E a abertura do selo, o quarto de sete, é um sinal que aponta para o cumprimento final dos propósitos redentores de Deus. Estes acontecimentos estão no seu plano e não são forças incontroláveis, antes elementos que certificam o crente que se estas evidências estão presentes, então isto significa que Deus está a operar Seu querer e Seu bom plano no mundo rumo ao sétimo selo, a redenção final e gloriosa!

A mensagem de consolo de João é também um aviso: O crente não será isento de sofrimento, mas nele experimentará salvação. E mesmo estando sujeito a tais coisas, terríveis sim, primeiro: não são eternas, segundo: estão debaixo do poder e autoridades do Cordeiro, terceiro: não nos deve pegar de surpresa, quarto: aponta e certifica que Cristo está voltando.

Quando virmos tais coisas ao nosso redor, não nos maravilhemos como se coisa extraordinária houvesse, mas nos regozijemos com a maravilhosa mensagem de João: Está próximo o dia da sua redenção! Suporte com resiliência a provação, para que, depois de tendes vencido tudo, permanecer inabalável.

Deus te abençoe!

 

Missionário: Jônatas Abdias


Fonte: http://pensamentocativo.blogspot.com/